Marina Palácio

Nasceu em Lisboa em 1971. Poeta, naturalista (aprendiz) e amante de livros, lobos, pássaros, árvores, ventos e de silêncio. Ilustradora, autora de banda desenhada, realizadora de cinema de animação e artista-educadora das «Oficinas de Leitura e Criatividade - Educação pelo Livro, Arte e Natureza» (desde 2009).
Cria este ano a editora “O Lobo e o Vento”- edições para leituras poéticas, naturalistas/selvagens/silvestres e sensíveis!, para desenvolver os seus projectos literários e gráficos. Esta comunicação poética que estabelece ao longo dos anos com os seres vivos, que lhe permite descobrir histórias da fauna, flora e outras formas de vida, nas madrugadas e nos crepúsculos de Portugal e do mundo.
Oficina das Árvores e dos Avós – Descobrir as Árvores-Bibliotecas nos quintais, nos jardins e nas florestas!
Sub-título: Uma oficina poética sobre Árvores, com Escrita e Ilustração, Identidade e Memória.
A partir dos Livros: A Vida Noturna das Árvores, de Bhajju Shyam, Durga Bai, Ram Singh Urveti; O que é preciso?, de Gianni Rodari e Silvia Bonanni; O Livro dos Quintais, de Isabel Minhós e Bernardo Carvalho; Borda D´Água; e outros livros.
Criação e orientação: Marina Palácio
E se começássemos a aproveitar as plantas não só pelo que produzem como também por aquilo que nos podem ensinar? – descobrir as Árvores-Bibliotecas!
Entre os quatrocentos milhões e os mil milhões de anos atrás, ao contrário dos animais que optaram por deslocar-se para encontrar o alimento que lhes era indispensável, as plantas tomaram uma decisão oposta em termos evolucionistas. Com base no meio ambiente envolvente (florestas, quintais e jardins), vamos convocar todos os nossos sentidos na relação com as árvores para descobrirmos os seus ensinamentos.
Cada vez mais cientistas estudam as misteriosas árvores, que julgamos silenciosas, estáticas. Contudo, estas grandes plantas vivem o seu quotidiano muito lentamente e estão interessadas em coisas completamente diferentes às nossas vidas. Elas sobreviveram durante milénios resistindo a perigos naturais e à usurpação humana - só temos de ajudá-las a continuar a sua longevidade.
Como será o movimento interior de uma árvore? Qual será a sua voz ou a sua linguagem e como poderá comunicar connosco? Como será a sua vida noturna? Como eram as estórias contadas pelos nossos avós e a sua relação com as árvores? Compreender que para aprender a linguagem das árvores, nós precisamos de sair da nossa experiência quotidiana do tempo, ou seja, desacelerar.